terça-feira, 8 de novembro de 2011

GUARDA MUNICIPAL FERIDO NO OLHO

Guarda Municipal acusado de agredir morador de rua em Restaurante Popular



Funcionários do estabelecimento disseram ter presenciado choque elétrico, socos e pontapés, mas assessoria de Imprensa da Corporação nega uso da violência



Funcionários do Restaurante Popular II, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, acusam guardas municipais de agredir um morador de rua. Testemunhas disseram que a violência, cometida nesta terça-feira (8), contou inclusive com sessões de eletrochoque.
A confusão teria começado por volta das 11 horas, quando os agentes foram ao Restaurante Popular II para retirar os moradores de rua que se amontoavam na calçada da Rua Ceará. Segundo a assessoria de Imprensa da Guarda Municipal, o morador de rua estaria cheirando thinner dentro do estabelecimento e teria sido orientado pelos agentes a se retirar. Depois de muita insistência, segundo a assessoria, o homem teria deixado o local. Mas antes ele teria desacatado os guardas municipais com palavras de baixo calão, além de ameaças.
Tempos depois segundo a assessoria do órgão, o morador teria voltado ao Restaurante Popular II e atirado uma garrafa de thinner contra um dos guardas municipais. O objeto teria atingido e ferido a boca, os olhos e o nariz do agente, que foi socorrido na Santa Casa. Segundo a assessoria da Guarda Municipal, o morador de rua fugiu após a agressão.



Por volta das 16 horas, o homem teria voltado ao local pela segunda vez, aparentando estar sob efeito de substâncias químicas, conforme a assessoria de Imprensa da Guarda Municipal, ameaçando outros agentes. Ele teria tentado resistir à voz de prisão, mas foi contido e detido.
No entanto, funcionários do Restaurante Popular II relataram que os guardas, após identificaram o agressor, o espancaram dentro do restaurante. Segundo as testemunhas, o morador de rua chegou a tomar choque elétrico, socos e pontapés. A assessoria de Imprensa da Guarda Municipal rebateu a informação alegando que não houve necessidade de uso do teaser durante a ação.


Ascensão

Em Belo Horizonte, a população de rua aumentou consideravelmente nos últimos cinco anos. A Pastoral de Rua, que trabalha diretamente com este grupo, acredita que sejam 2 mil na capital, um aumento de mais de 70% em relação aos 1.164 registrados no Censo de 2006, quando foi feito o último levantamento.